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Archive for 3 de Dezembro, 2009

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Temos de nos comprometer. O repto é-nos lançado por Frederico Gutiérrez Solana, na Gaceta Universitaria. O presidente da Conferência de Reitores das Universidades Espanholas (CRUE) leva-me a recordar uma outra ideia que me chegou através de um livro de José Gil.

Dizia o Professor da Universidade Nova de Lisboa que, no nosso país, “nada acontece, quer dizer, nada se inscreve”, ao pintar um retrato do Portugal de hoje, em que se tem medo de existir. Falava, o Professor, da inscrição – ou, com maior rigor, da ausência dela. Aquilo que, por seu lado, Solana prefere designar como compromisso.

Esta inscrição vai escasseando, vamos ficando em falta para com o compromisso – em dívida para com o debate político, com a participação cívica, com uma intervenção e defesa de uma causa – qualquer que ela seja -, algo com que nos comprometamos e a que dediquemos algum do nosso tempo; daquele que tão proveitosamente deixamos passar, perdidos entre as respostas aos infindáveis estímulos que nos rodeiam hoje em dia.

Falava-se há pouco, numa aula da cadeira de Comunicação e Movimentos Sociais Contemporâneos, em três pilares fundamentais para a nossa sociedade: educação, sistema judicial e comunicação social.

Pus-me a pensar no nosso país.

Qual o estado das nossa educação? Que realidade temos entre as quatro paredes da educação primária, preparatória e secundária? E as paredes do Ensino Superior, que nos contam? Ouçamos professores, estudantes e auxiliares de acção educativa falar das nossas escolas, do nosso sistema de ensino. Ouçamos também os nossos governantes e punhamo-nos todos a debater.

Repito: punhamo-nos a debater. Recordar-nos-emos de como se debate?

O mesmo com a Justiça, o mesmo com a Comunicação Social, com a Política, com a Economia. Debatamo-las a fundo! Participemos! Inscrevamo-nos e sejamos cidadãos desse nosso país.

Falta-nos o espaço público, como diz José Gil? Pois que o reconquistemos!

Juntemo-nos e participemos! Porque, se não o fizermos, arriscamo-nos a ver cumprida a profecia do Professor da Univ. Nova, ideia expressa também por António Barreto:

Mais tarde ou mais cedo, arriscamo-nos a desaparecer…

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