Plaza Mayor

O Mickey e a Minnie, captados num momento de descontração, trocam duas palavras, a um canto da Plaza Mayor.

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Navidad

A tradição natalícia madrilenha.

Ao passear pelas ruas da cidade, não é caso raro encontrar uma figura humana com cabeça de rena. É que a imagem de um busto de rena é uma das “máscaras” mais comuns deste ano.

Para além desta tradição particular, acontece ainda que a 26 de Dezembro, durante todo o dia, as pessoas dedicam-se a pregar partidas umas às outras. Um resultado desta brincadeira é a confusão permanente que se sente ao ouvir anunciar as paragens que se seguem, quando se circula no Metro de Madrid. Pode perfeitamente estar a chegar à paragem de Sol, no centro da cidade, e ouvir a voz feminina anunciar que a proxima parada é: Ciudad Universitaria, numa linha diferente, noutra zona de Madrid.

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Comboio que, segundo me foi dito, conta soma já cinco décadas de história, transportando madrilenhos e turistas, de qualquer proveniência, desde Cercedilla até ao cima da serra, em Cotos, passando por Navacerrada.

No cimo, por estes dias, espera-nos já uma paisagem coberta de um manto de neve.

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do espanto

há coisas que me continuam a espantar.

por um lado, ainda bem. desde que comecei o curso de Jornalismo que ouvi professores e professoras dizer que, para um Jornalista, a capacidade de se espantar é um bem fundamental para o exercício da profissão.

por outro lado, aquilo que me espanta nesta notícia do El País é algo que, mais do que me espantar, me escapa por completo à compreensão.

diz o texto da notícia que jovens israelitas – a quem se apelida de “extremistas” – vandalizaram uma mesquita em territórios ocupados na Cisjordânia. a intenção seria, segundo Ehud Barak, ministro da defesa israelita, a de se manifestarem contra a ordem de paragem de construção de habitações, por dez meses, nesses mesmos territórios.

ora, acontece que junto com o acto de queima de mobiliário e destruição de exemplares do Corão, que, já por si, seria um tanto ou quanto auto inflictivo, os tais jovens pintaram ainda em hebreu lemas nazis contra a população palestina.

Isto é, ou não é – e suavizando aqui um pouco os termos – uma grande “ironia”? aparte de toda a evolução histórica do conflito israelo-palestino, faz algum sentido que jovens judeus se apropriem de lemas nazis para se rebelar contra outro povo?

custa-me, de facto, entender tudo isto…

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Manif

Manifestação, ao início da tarde, em Madrid.

Na foto, bandeiras dos vários grupos que integravam a marcha desde Atocha até Puertas de Toledo, sob o lema: «Que No Se Aprovechen De La Crisis».

A organização do protesto esteve sobretudo a cargo das CCOO – Comisiones Operárias – sindicato mais “esquerdista”, e da UGT – Unión General de Trabajadores, conotada com o PSOE.

Segundo um elemento da organização afecto às CCOO, a mensagem era dirigida, não ao governo de Zapatero, mas antes aos empregadores – vulgo, os grandes capitalistas. Pretendia-se alertar para o elevado nível de desemprego que o país regista (perto dos 14%), ao mesmo tempo que se deixava a nota de que a crise “não pode justificar a retirada dos direitos aos trabalhores, que não [lhes] foram oferecidos; esses direitos foram conquistados”.

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Aminetu Haidar

somam-se, hoje, vinte e seis dias de greve de fome.

por estes dias, discutem-se, ao mais alto nível do cenário político espanhol, questões legais relativas à forma como Aminetu Haidar entrou no país, na sequência de lhe ter sido negada a autorização de permanência em território marroquino.

esta noite, realizou-se em Madrid uma concentração de solidariedade para com a activista sarauí, onde se ouviram gritos de apoio dos cidadãos que se reuniram em frente ao Ministério de Assuntos Exteriores e da Cooperação espanhol.

o jornal El País, na sua edição digital, falava de mais de 1000 pessoas reunidas na marcha e concentração de apoio. frente ao ministério não estariam mais de 200, mas o gesto não deixa, por isso, de assinalar a relevância que a situação de Haidar assume junto da sociedade civil espanhola.

os gestos de apoio vão-se espalhando um pouco por todo o lado.

esta tarde,algumas figuras da sociedade civil portuguesa entregaram, nas embaixadas espanhola e marroquina em Portugal, um apelo “”aos Reinos de Espanha e de Marrocos para que sejam criadas, com a máxima urgência, condições para que Aminetu Haidar regresse à sua terra”.

também esta tarde o PSOE deu a conhecer a sua intenção de submeter à aprovação do congresso, durante a próxima semana, a Proposición No De Ley, com a qual pretende instigar o governo a:

1. Que redoble todas las gestiones políticas y diplomáticas que sean necesarias para permitir el retorno de la Sra. Aminatou Haidar a su hogar, junto a su familia.

2. Solicitar la mediación activa del Representante Personal del Secretario General de Naciones Unidas para el Sahara Occidental, Sr. Christofer Ross y de la Alta Comisionada para los Derechos Humanos, Sra. Pillay en relación con las obligaciones internacionales del Reino de Marruecos en el Territorio del Sahara Occidental, entre ellas, el retorno de la Señora Haidar.

3. Continuar ofreciendo a la Sra. Aminetou Haidar el estatuto de asilo o refugio, o en su caso del ejercicio del derecho que tiene a la nacionalidad española, mientras no pueda obtener documentación marroquí.

4. Seguir defendiendo los derechos a la libre circulación y residencia de la Sra. Aminetou Haidar.

5. Seguir defendiendo las resoluciones aprobadas por el Congreso de los Diputados en el sentido de que el estatuto definitivo del Sahara Occidental deberá ser resultado de la negociación y acuerdo entre las partes y del libre ejercicio del derecho a la autodeterminación del pueblo saharaui, en el marco de Naciones Unidas.

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coisas que acontecem

os sons que nos chegam, deste lado da fronteira…

Pedro Mota Soares, deputado do CDS-PP, proferiu as seguintes palavras aos microfones da TSF:

«A rectificação que o Governo faz é uma homenagem a quem avisou antes das eleições que os dados económicos do Governo estavam errados, que as previsões da receita estavam erradas e que o défice não ia ser de 5,9 mas pelo menos de 8 por cento»…

Uma “homenagem”?

É implicação minha, ou esta é uma forma muito absurda de Mota Soares expressar o “pesar” que certamente sente pela forma em que o país se afunda?”1 milhão de euros de endividamento ao dia”: isto está correcto? É possível?

Admito a falta de certezas, exactamente na mesma proporção em que exteriorizo o sufoco que sinto com estes valores…

O que nos estão a fazer? O que estão a fazer aos país das gerações de portugueses futuras? isto não pode estar certo!

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hanging by a string

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